“Não para, não para, não para, não!”. Can’t Stop é um jogo de 1980 projetado por Sid Sackson (de Acquire (1964); Cartel aqui no Brasil). Ele se agarra bem na mecânica de “forçar a sorte” e exige dos jogadores (de 2 a 4) o que pode parecer a maior besteira: a permanente decisão entre continuar a rolar os dados arriscando perder tudo ou parar o turno salvando o progresso conquistado. É quando a gente nota que lidar com a probabilidade pode nos ensinar bastante.
O tabuleiro é composto por onze colunas, da número 2 a número 12, todas com uma certa quantidade de espaços a serem conquistados progressivamente.
O objetivo é ser o primeiro a alcançar o topo de três colunas sempre avançando o marcador a partir do resultado dos dados jogados.
No turno, rolamos quatro dados e separamos, então, dois pares. A soma dos resultados de cada par corresponde à coluna que avançamos (entre 2 e 12).
Simples, não? Mas acontece que há um limite de três colunas a se avançar em cada turno. Posso subir alguns espaços e decidir parar por enquanto, salvando o progresso alcançado até então e passando a vez. Se for o caso de decidir não parar e já ter avançado em três colunas, é hora de contar com a sorte, pois existe a possibilidade de perder tudo o que foi conquistado no turno e ainda passar a vez caso não saia nenhum resultado correspondente a qualquer uma das colunas de então.
Esse é o barato de Can’t Stop. É preciso trabalhar com as probabilidades e escolher bem o momento de arriscar ou fazer uma pausa estratégica.
Claro que o dado tem o seu peso no desenrolar da partida, mas é interessante notar o quanto nosso estilo como jogador (mais conservador, mais ousado, mais afoito, mais resiliente) pode interferir no modo como jogamos e, consequentemente, definir uma vitória ou derrota.